Um (bom) lugar para seu site pessoal
Nesta edição #13, vamos falar de um lugar muito legal e barato para você construir e colocar seu site pessoal.

1. Deu um Glitch
Outro dia aconteceu comigo o que vira e mexe eu tenho que fazer: me convidaram para um evento ou uma entrevista e me pediram uma bio curta, algo que mostrasse em poucas palavras minha trajetória profissional. Daí fiz o que eu sempre faço: dei um Google no meu nome e tentei achar informações mais atualizadas sobre mim.
Depois de anos fazendo isso, achei que estava na hora de montar um site pessoal, um lugar com meu CV que não seja uma rede social ou um perfil dentro de outro site. Tive essa iniciativa por causa da minha querida colega Sofia Schurig, que recentemente fez um site pessoal bem legal pra ela mesma.
Eu conheço um tanto de fazer sites. Não ganho a vida com isso, tampouco sou um profissional da área, mas fiz muitos sites na minha vida (inclusive o do Núcleo e da Appetrecho) e tenho bons conhecimentos nessa área.
Se fosse pra seguir com um site pessoal, eu precisaria de apenas 3 coisas:
- Queria algo cavernosamente simples, em apenas uma página (afinal, a ideia é ter apenas uma apresentação)
- Precisaria que fosse fácil de publicar e editar, inclusive com acesso ao código
- Teria que ser de baixíssimo custo (eu não iria usar recursos do Núcleo para isso)
Eu tinha algumas opções em mente. A primeira seria usar nosso CMS favorito aqui no Núcleo, o Ghost, que é um dos melhores softwares abertos para publicação na internet. É o que usamos no Núcleo, na Appetrecho e em basicamente todos os site aqui da firma. Só que usar Ghost pra uma página pessoal única me pareceu overkill, tipo matar um pernilongo com uma bazuca.
Pensei então em utilizar a hospedagem gratuita do Github Pages, como já fiz em muitas ocasiões. O GHPages usa o framework Jekyll, que eu acho brilhante e fácil de usar (pra quem sabe um pouco de programação), mas de novo considerei que era um pouco exagerado. Tem que criar um repositório, instalar localmente na sua máquina, entre outras burocraciazinhas.
No fim das contas, o que eu queria mesmo era um lugar pra jogar o HTML do meu site e ser feliz. Zero dor de cabeça, zero burocracia, zero manutenção.
Foi aí que eu conheci o lugar que eu queria: o Glitch.
2. Copiar e colar
Não se enganem: meu site pessoal foi quase inteiramente feito com CTRL+C e CTRL+V, do começo ao fim. As únicas coisas que eu customizei foram minha foto de perfil, as cores e a tipografia – minha querida Inconsolata, a fonte mais linda.
Embora eu saiba minha dose de programação, se tem uma coisa que os chatbots de IA sabem fazer bem é escrever código HTML. Decidi economizar horas da minha vida e pedir pro Claude fazer.
Esse foi o prompt inicial (fiz em inglês mesmo pra ter respostas melhores):

Com algumas poucas iterações subsequentes, em 10 minutos eu já tinha o site do jeito que eu queria – do jeito que está hoje.
Montado o HTML do meu site, comprei o domínio e me restou saber: onde hospedá-lo?
Como eu sou um usuário frequente de Codepen, pensei em hospedar o site lá, utilizando o recurso de Projetos dessa ferramenta. É bem similar ao Glitch, mas é preciso pagar US$8/mês para subir projetos.
Foi daí que eu decidi de vez usar o Glitch, que eu já conhecia de algumas pesquisas anteriores, mas nunca tinha realmente utilizado. Esse é um pequeno serviço de hospedagem, com uma abordagem até meio divertida. É incrivelmente fácil de utilizar, atualiza imediatamente e custa ZERO reais por mês.
Depois de criada a minha conta no Glitch, só precisei copiar e colar os códigos que o Claude me deu e publicar o site.

Se eu tivesse feito tudo de uma vez, o processo de criar o código do meu site e publicar levariam menos de 30 minutos. O que deu mais trabalho mesmo foi escrever e traduzir os textos.
É possível pagar uma pequena assinatura pro Glitch (US$8/mês) para ter seu código privado e alguns outros benefícios, mas para hospedar um site estático a versão gratuita é bem suficiente.
O único ponto negativo, pra mim, foi que a plataforma não oferece suporte direto para uso de um domínio próprio, você tem que usar um serviço de terceiros, mas tá tudo muito bem documentado, e foi bem fácil de fazer.
Se vocês quiserem ver o código do meu site pessoal (e até utilizá-lo), ele está todo aqui: glitch.com/edit/#!/site---pessoal---sergio
3. Ferramentaria
- Sindre Sorhus - Se você utiliza produtos da Apple (do Mac ao iPhone ao Vision Pro), o site desse desenvolvedor tem um monte de pequenos apps muito legais (alguns pagos, outros gratuitos). Tem muito app mesmo, e muita coisa boa.
- Vivaldi - Estou brincando um pouco com o navegador Vivaldi e, embora eu não vá trocar meu browser por ele, tenho que admitir que é um bom software. Tem pra Mac, Windows e Linux.