Sua newsletter dedicada a coisas digitais

A newsletter absoluta sobre qualquer coisa que você instala no celular ou no computador, por Sérgio Spagnuolo.

Appetrecho

Hoje essa newsletter tá relativamente positiva

Salve, moçada, tudo certinho? Por aqui tá tudo bem. Consegui reduzir ainda mais meu tempo de tela agora que removi apps de redes sociais do celular. Também passei o fim de semana em Las Vegas, uma das cidades mais horríveis que eu já visitei, mas perto de um dos lugares mais lindos que já vi, o Grand Canyon.

Foto que tirei no Grand Canyon West

Pra quem ainda não sabe, a Appetrecho voltou a ser semanal: quarta sim, quarta não, tem uma edição especial (menorzinha) chamada "Ferramentaria Gourmet", exclusivíssima para assinantes.

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Nesta edição #36, vamos elevar um pouco mais o espírito falando de uso consciente de tecnologias.

Ferramentaria Gourmet #1 [apenas assinantes 💎]

Salve, moçada, tudo bem? Por aqui estamos levando. Fiz aula de boxe hoje e o resultado final disso foi esfregar na minha cara que estou mais velho (e humilde) do que eu pensava. Essa foi a lição que tirei.

Pois bem, bem-vindos(as)(es) à primeira edição do Ferramentaria Gourmet, a edição ridiculamente exclusiva e curtinha (sem textão) da Appetrecho apenas e somente para assinantes, enviada na semana que não tem edição normal.

NÃO FIQUE TRANCADO PRA FORA, ASSINE AGORA

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Nesta semana, trago três apps legais que descobri recentemente.

Conteúdo (sintético) até o talo

Salve, moçada, beleza? Por aqui estou com uma inflamação cardíaca terrível, cujo nome científico é saudadis mei cachorrums, que aflige especificamente expatriados que precisaram deixar pets pra trás para avançar na carreira durante um ano. Fora isso, tá show de bola, Stanford é um lugar fantástico, não tenho o que reclamar – ainda mais que minha patroa Emily passou 10 dias aqui comigo, o que foi excelente.

Também estou usando direto, tipo todo dia mesmo, meu novo tablet ReMarkable Paper Pro Move, de 7,3 polegadas. É uma delícia escrever e tentar desenhar nele, e, se fosse pra chutar, eu diria que é 83% como usar papel, até o barulho de lápis faz. A arte desta edição da Appetrecho foi feita por mim nesse mesmo aparelho. Eu sei que ficou uma porcaria, meu francês é melhor do que minha habilidade de desenhar. Mas eu me diverti fazendo, capisce?

Não é barato: praqueles que me perguntaram, eu paguei $500 dólares (incluindo uma a caneta melhorada, Marker Plus, e impostos). A versão maior, de 11,8 polegadas, é bem mais cara (um pacote desse sai por cerca de $800).

Confesso que logo depois que efetuei a compra online fiquei me sentindo meio mal de gastar tudo isso num tablet que só tem uma única funcionalidade. Até da pra ler PDFs e Epubs no ReMarkable, mas sinceramente pra isso eu uso outras coisas. Ele é bem diferente, por exemplo, do Boox Note Air3 C (cerca de $500), que roda Android e dá pra acessar a internet e ler Kindle, e que parece bem fera. O rolê dele é escrever.

Mas eu pesquisei muito, vi muitos reviews, posts no Reddit, vídeos comparativos de YouTube. Eu queria algo que fosse me evitar distrações, que tivesse bons reviews, que fosse leve e portátil e, principalmente, que fosse o mais parecido possível com escrever em papel. Posso dizer que estou feliz com a minha compra (infelizmente não vende oficialmente no Brasil).

Novo membro da minha família: ReMarkable Paper Pro Move

Nesta edição #35, sob o risco de ser repetitivo, vou falar sobre como as novas iniciativas da OpenAI e da Meta de ter redes social exclusivamente para compartilhar conteúdo gerado por IA, ideias de merda (do ponto de vista de qualidade) por muitos motivos.


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Entupam-se de conteúdo

Bem antes de a OpenAI lançar o ChatGPT, no fim de 2022, o termo "inteligência artificial" já vinha sendo usado como sinônimo de máquinas cujas capacidades de articulação e comportamentos emulavam as de humanos.

A agora famosa conferência de Dartmouth de 1956, que cunhou o termo, abriu espaço para que esse campo fosse aplicado à ciência da computação, mas a verdade é que há tempos o ser humano pensa em dar vida às coisas, desde Matrix, Blade Runner, Pinocchio e Frankenstein até a Grécia antiga, com Arquitás de Tarento, amigo de Platão, e inventor de um pássaro mecânico (mais sobre isso neste fascinante artigo, em inglês).

A saga da inteligência artificial começou com histórias, não com tecnologias.

Até o ChatGPT, parábolas sobre IA mostravam um mundo de possibilidades, novidades, desafios e até terror. Pós-GPT, inteligência artificial virou sinônimo de commodity digital, marcada por simples transações comerciais nas quais, tal como redes sociais, televisão aberta e redes de fast food, a única coisa que importa é aumentar o volume de produção, transmissão e consumo. É disso que vive e triunfa o capitalismo, afinal. O mistério narrativo da IA foi totalmente dissipado.

Não é por menos que a Meta, o Google, Perplexity, Anthropic, Apple, Amazon e muitas outras empresas que desenvolvem e promovem modelos de IA estão enfiando seus modelos de linguagem em absolutamente tudo: barras de busca, aplicativos de mensagens, caixas de publicação de redes sociais, compras online, etc.

Agora, tanto a Meta quanto a OpenAI lançaram redes sociais (Vibes e Sora, respectivamente) nas quais o objetivo é publicar vídeos gerados com inteligência artificial para compartilhar com seus amigos. Credo.

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Dê-me Appetrechos

Pode ser exclusivamente minha opinião, falando como alguém que aprecia bom conteúdo feito por humanos, mas tenho dificuldade em enxergar um mercado representativo para pessoas que efetivamente escolham ver vídeos de 10 segundos gerados por um modelo de IA.

Me parece um conteúdo sem propósito, sem alma, sem sabor. Pode até ser visualmente bonito e impactante, mas, exceto para tirar um sarro momentaneamente com seus amigos e amigas, quem é que vai ativamente ficar scrollando um feed cheio de conteúdo sintético.

Lembra quando a Meta lançou sua IA no WhatsApp, que você ficava zuando no seu grupo da escola, ou quando a ferramenta Suno fez algum sucesso ao criar músicas para que você pudesse zoar aquele novo corte de cabelo do seu parça, ou quando era possível gerar imagens de graça com o Midjourney?

Pois é, foi legal e engraçado por alguns dias e, certamente, muitas pessoas (especialmente os mais engajados com esse tipo de tecnologia) viram algum valor nisso e continuaram usando, seja pessoalmente ou até comercialmente. Mas me arrisco a dizer que a grande maioria dos usuários simplesmente voltou a ignorar essas ferramentas e seguiu com suas vidas sem nem pensar nelas de novo.

Eu não estou minimizando o impacto de ferramentas de IA. Eu certamente uso para várias coisas (especialmente programação) e tenho visto pessoas fazendo trabalhos interessantes em várias áreas, tipo amigo meu que lançou uma agência de publicidade que faz campanhas com vídeos gerados sinteticamente. O ChatGPT tem mais de 700 milhões de usuários ativos semanais, não é trivial.

Dito isso, o hype de "ter IA só pra ter" me parece desproporcional ao interesse cotidiano da maior parte das pessoas.

IA usada com propósito é diferente de IA empurrada em produtos apenas para gerar mais ruído sintético em nossas vidas.

Talvez seja por isso que vocês escolham ler esta newsletter (que, modéstia parte, tem mais de 50% de taxa de abertura consistentemente) em vez de ficar condensando conteúdo por aí: tudo o que eu escrevo aqui é feito por mim (se você notou vários erros de digitação na última newsletter isso deve ter ficado claro) – sim, mesmo com travessão, que eu sempre usei e vou continuar usando independentemente do que qualquer detector de IA acusar.

Escrevi na edição passada como, a meu ver, as redes sociais estão corroendo nossos cérebros com muito conteúdo de baixíssima qualidade. Mesmo assim, ainda nos vemos apegados a elas, principalmente porque conseguimos ver o que nossos amigos, familiares e pessoas/páginas de interesse estão publicando (eu, por exemplo, sigo a Rebecca Ferguson e o perfil Kogos Biruta no Instagram).

Ou seja, o lixo está misturado com o bom, e isso, aparentemente, é tolerável para nós. Uma rede só com conteúdo gerado por IA me parece uma rede apenas com lixo.

De novo, posso estar enganado, mas empanturrar-se de conteúdo sintético insignificante está longe do meu consumo de entretenimento e, se você está lendo este texto, há boas chances de não fazer parte da sua dieta também.

PS: Depois que eu escrevi essa newsletter, o comediante Michael Kosta publicou esse vídeo hilário sobre isso no Bluesky (não precisa de login).


Ferramentaria

Nesta edição, a seção foi produzida pelo meu sócio Alexandre Orrico, que aparentemente está apaixonado por um aplicativo.

  • Nautide – Se você quiser checar essas condições do litoral brasileiro todos os dias, esse aplicativo é uma lindeza e está totalmente em português. Numa mesma tela, como num relojinho, ele mostra mais de 20 indicadores, entre eles níveis de maré, direção e potência de vento, qualidade do ar, temperatura da água, ondulação e coeficiente de marés, que indica a amplitude da maré em um determinado dia, ou seja, a diferença entre o nível da maré alta e da maré baixa.
  • Caminhos do Sol (Android e iOS) – Mostra o caminho que o Sol faz desde que nasce até se pôr. Dá pra ver o trajeto do astro-rei no mapa ou usar realidade aumentada, com a câmera ativada, pra ver exatamente onde ele vai aparecer e sumir na praia onde em que você está.

💡
Tem alguma ideia ou sugestão? Responda este email ou me escreva em [email protected]

As redes sociais estão corroendo nossos cérebros

Uma coisa legal que chegou pra mim na semana passada por o meu novo ReMarkable – um tablet com e-ink que parece que você está escrevendo em papel. Estou usando há exatos 7 dias e amando (escrevi o texto dessa newsletter nele). É caro, exige um tempo pra se acostumar, mas é legal pra caramba, me fez voltar a ter gosto por escrever à mão. Vou falar mais dele em futuras newsletters.

Nesta edição #34, vou falar sobre algo que tem me preocupado ultimamente acerca de nossos comportamentos em redes sociais. Tenho pensando muito sobre isso ultimamente, e quis fazer uma newsletter mais reflexiva – já peço desculpa pela divagação, mas eu disse que ia acontecer!

A meta de não usar mais Google

Salve, moçada, tudo na paz? Por aqui vai indo. Estou morando em Palo Alto, nos arredores do campus de Stanford, e é tudo muito agradável – as pessoas, os serviços, o clima. E caro também (paguei inadvertidamente US$4 por dois tomates). Acho que simplesmente com uma saudade eviscerante das minhas cachorras, o que complexifica meus sentimentos.

Antes do assunto principal, algumas coisas pra você:

  • Se você já for assinante, vou colocar ao fim desta newsletter uma foto das minhas cachorras. De todos os benefícios de ser assinante (descontos, conteúdos exclusivos, prioridade de recebimento etc.), ver minhas cachorras é o melhor deles, disparado.
  • Na última edição não tivemos a seção Ferramentaria. A partir dessa edição, ela será exclusiva para assinantes.

Pois bem, nesta newsletter #33 vou falar dos meus planos para tirar os serviços do Google da minha vida até 2030. Se vai funcionar, eu não sei, mas é um plano.

SAIU NO NÚCLEO
Publicamos uma série de reportagens investigativas sobre o lobby das Big Techs no Brasil. Eu mesmo liderei os esforços de identificar e catalogar mais de 70 lobistas das maiores empresas de tech em atuação no Brasil.

Clique aqui e leia agora

Usando IA, criei um app para rastrear minhas despesas, e foi mais difícil do que parece

Salve, moçada. Sérgio aqui, falando com vocês direto da Califórnia, onde passarei os próximos 10 meses estudando como nos livrar de algoritmos que querem levar o jornalismo ao fracasso. O tempo aqui está bom, tá calor, solzão, só falta superar minha saudade da esposa e das cachorras, mas vai ficar tudo bem.

Conforme prometido, gostaria de anunciar para vocês que a Appetrecho agora tem seu próprio programa de membros. Com uma assinatura de apenas e somente R$5 por mês (ou R$60/ano), você vai apoiar a confecção desta newsletter, que é escrita do fundo do meu coração, sem IA nem nenhum truque – apenas dedos batendo num teclado (e sim, eu sempre uso travessão, sempre usei, dane-se que o ChatGPT também usa).

Quais os benefícios agora?

  1. a seção Ferramentaria passará a ser exclusiva para assinantes (é nela que incluo dicas de apps legais);
  2. descontos em aplicações que eu negociar (lembra que na última edição eu falei do mini sistema de blog Pagecord, que estou usando para meu blog pessoal? Pois é, falei com o criador da plataforma, o Olly, e convenci o chapa a dar um desconto de 25% para nossos assinantes (da Appetrecho e do Núcleo).
  3. edição extra (em breve): quando a newsletter passar de 100 assinantes pagos, eu vou escrever uma edição semanal exclusiva para assinantes, ou seja, pros apoiadores voltará a ser semanal;
  4. arquivo de newsletters: todo nosso acervo de newsletters antigas vai ficar disponível apenas e somente pra quem assinar;
  5. sinta-se com orgulho de apoiar o jornalismo independente;
  6. mais benefícios em breve (se você tiver sugestões, mande pra mim, só responder a este email);

Na newsletter #32 vou falar sobre como criei um aplicativo de controle de despesas para Mac e Windows utilizando ferramentas do Claude, e o quão difícil foi. Já adianto: não é tão simples, mas não é o fim do mundo também.

Blog + minimalismo = ❤️

Salve, galera, tudo bem? Por aqui a onda tá levando até camarão que não dormiu, tamanha a correria. Mas não posso reclamar, as coisas tão vingando aos poucos. Dia 24 de agosto embarco pros EUA, pra voltar só em junho. 

Prometi pra mim mesmo que vou ficar sem usar redes sociais nesse tempo fora. Meu sócio, o Orrico, duvida, mas eu vou tentar. O que pode acontecer é um acochambrado que já fiz antes: arrancar as redes sociais do celular e só usar no computador, o que reduz substancialmente meu uso.

Por falar em redução de celular, em janeiro falei do Roots, um app que bloqueia certos aplicativos do seu celular pra ajudar a reduzir o tempo de tela. Pois é, reduzi o uso do meu iPhone em inacreditáveis 60% – grande vitória.

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